IGT e Scientific Games desistem de raspadinhas no Brasil

IGT e Scientific Games desistem de raspadinhas no Brasil

As raspadinhas são um sucesso em muitos países do mundo, incluindo o Brasil. E essa popularidade fez com que elas acabassem sendo adaptadas para o ambiente online. Hoje em dia, é comum encontrar essa modalidade em plataformas de cassinos. A IGT e a Scientific Games tinham planos de entrar no mercado brasileiro de raspadinhas, mas acabaram desistindo. Neste artigo, explicamos o que está por trás dessa decisão.

A gigante britânica do setor de máquinas de loteria e jogos de cassino International Game Technology (IGT) anunciou sua desistência da parceria que mantinha na concessão inaugural da raspadinha no Brasil. A empresa operava em aliança com a americana Scientific Games Corporation.

A empresa, sediada em Londres, lançou um comunicado de imprensa oficial para esclarecer que o acordo conjunto havia sido finalizado. Na ocasião, foi definido que a dupla de empresas supervisionaria o negócio de loteria instantânea para a Caixa Econômica Federal, que mantém-se como a grande varejista de loteria do Brasil.

No entanto, a IGT declarou que ela e a Scientific Game esperavam, também, que seu entendimento com a Caixa Econômica incluísse um elemento de distribuição, para “garantir o sucesso do negócio de bilhetes instantâneos no Brasil” segundo o comunicado oficial. A empresa afirmou que este aspecto do acordo, proposto posteriormente, foi finalizado “após mais de sete meses de discussões detalhadas”.

Ocorreu, porém, que, segundo a IGT,  o parceiro local não autorizou a execução do projeto dentro do prazo de concessão. Com isso, a IGT e a Scientific Games, sediada em Las Vegas, decidiram abrir mão do projeto.

A IGT deu mais detalhes, em seu comunicado oficial, sobre as causas do rompimento do acordo, explicando que:

“Os 13.000 lotéricos da rede Caixa são fundamentais para o sucesso do lançamento do negócio de bilhetes instantâneos no Brasil e sem essa rede de distribuição as empresas não estavam preparadas para seguir adiante.”

Com efeito, a empresa ressente-se de não ter conseguido chegar a um acordo funcional com a Caixa Econômica. A instituição segue envolvida no negócio dos jogos de azar e seria a grande responsável pela rede de distribuição das raspadinhas, graças às suas milhares de lojas pelo país.

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A IGT proclamou que um pedido subsequente de “prorrogação do processo” junto à Caixa Econômica foi, além disso, recusado. Outro fator que colaborou para o recuo da empresa nos negócios no Brasil foi uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal. Nessa decisão, o STF quebrou o monopólio da loteria pelo governo federal, o que pavimentou o caminho para que cada um dos estados brasileiros desenvolva e administre suas próprias loterias individuais .

A IGT ressaltou que ainda dispõe dos recursos que havia planejado investir no processo:

“Como resultado, e apesar de estar totalmente preparada para cumprir todas as condições financeiras e não financeiras precedentes do contrato de concessão, a gestão prudente de capital determina que nos retiremos do processo e reavaliemos o caso de negócio da implementação de um modelo de operações de loteria no Brasil.”

Mesmo com a frustração, a empresa declarou que ela própria e a Scientific Games ainda estão preparadas para revisitar o assunto no futuro, “caso o governo brasileiro considere uma extensão do processo para que a Caixa Econômica autorize e execute um contrato”, devido “ao alto potencial de contribuição da esta aventura para uma série de programas governamentais”.

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